domingo, 23 de junho de 2013

Revolução da evolução

Estranheza.

Quando foi que governantes gostaram de manifestações?
Quando foi que quem governa está ao lado de quem manifesta?

Manifesta-se?

Quando foi que a manifestação precisou atrelar-se à pacificidade das caras pintadas?
Quando foi que a manifestação auto designou-se as cores nascidas nas matas derrubadas, na terra saqueada, no céu obstruído e no ideal manipulado?
Quando foi que a cidade teve paz?
Onde foi que a cidade...

Manifestação sem barulho não é manifestação. É passeata, só.

Manifestação sem ação não é revolução! Nunca.

Questões, questãs, estão:

O que se quer? ...... interesse.
Quem quer?     ...... revelação.

Para quem se quer? ...... supremacia.

Revolução da evolução é ação e mais que ação.
É não, cordão e chão para o que vem:

dissonância e transformação de tudo
e de nada.
                                                                                           
                                           

sábado, 22 de junho de 2013

17/6 - 21/6

Primeiro me empolguei.
Como é lindo ver as pessoas nas ruas,
onde apenas havia os carros.

Depois tentei passar adiante a sensação, a informação.
Entre sinais de concordância, discordância e paralisia
Percebi, mas não pude reagir aos sinais de ceticismo que vi.

Pois de fato, o fato
Não vi.

Agora está claro,
e tão claro quanto, triste:

A direita opressora e ditatorial está vencendo;
a pequena imensa classe média está fazendo as vezes de soldados da burguesia.
E sobre o pretexto de não aceitação partidária e de uma falsa liberdade nacional nacionalista
começa a desenhar a face de um fascismo fácil
que se mostrara adormecido.

Verde e amarelo. Deitado esplendidamente.
Porém acordado estava dentro da cegueira toda que desnivela, derruba e aniquila a existência humana.

Tudo muito bem orquestrado por aqueles que supostamente
Estariam sendo achincalhados.
Os poderosos. Concordantes.

Eles que, o tempo todo, deram as cartas e jogaram os dados.

Até agora.

E agora?

terça-feira, 18 de junho de 2013

Tudo o que é sólido se desmancha no ar

Cidades. Protestos.
Por vinte. Por milhares de vozes. Barulho.

Centavos. Milhões de vozes. Silêncio.

Polícia que bate. Repense.
Polícia que solta. Propensa.

No meio do tudo. O nada.
Desmanchado para quem quiser ver.

Céu parado, montanhas em movimento.
Tudo o que é solido fica assim:

À mercê. Do:
Vento, som, tempo, sol.
Lento mar, receber é dar.

sexta-feira, 14 de junho de 2013

Matrix

Matrix.

Que filme!
A realidade e a realidade.

A vitória parcial das máquinas.

A fé.
A iluminação.
A paz.

Que filme, Matrix!

O olhar perdido da pergunta
já não é mais o mesmo
do olhar que renasce do sangue, das balas
Fugazes.

Matrix, que filme?

O que assisti hoje pela terceira ou quarta vez.

Mais que descoberto,
O caminho deve ser percorrido.

Eis que então: ter ou não ter?

Pago logo somo
Sumo apago longe
sonho.

Medo agora
mãe e senhora

aonde

Foi parar
o tema, o ar

responde!

pois, o que vale
menos:
ser a ter,
ou ter o ser?






Lucidez.

Hoje fiz uma visita à minha tia mais velha que atualmente mora em um asilo. Foi a comemoração do aniversário de 81 anos dela. Numa sala espaçosa, outros cerca de 15 idosos assistiam silenciosamente à uma novela, para qual vez ou outra despertavam em um interesse real.

Embora eu já tivesse ido buscá-la algumas vezes, nunca havia subido à casa de repouso.

Adorei que, quando ao chegar, minha tia teve dificuldade para me reconhecer... ou seja, ela tinha outras coisas bem mais importantes pra pensar ou lembrar, do que ter-me na sua retina mental. Olhos cansados, olhos distantes e olhos atentos: o ambiente de lá é um farol de vida (ainda que isso soe estranho).

Entre pães, bolos e refrigerantes ouvi relatos tristes e outros esperançosos de pessoas que se sentem abandonadas. Poderia arriscar que são pessoas habituadas, mas não conformadas com a distância dos entes queridos que a elas é imposta.

Que lição de vida pode-se aprender num ambiente assim! O ar se movimenta mais lentamente, mas nem por isso menos intenso do que do lado de fora. É como ver um filme que ainda não está pronto e que todos poderemos passar futuramente (...). Sejam nossos pais, sejamos nós mesmos, como será que é a sensação de ser deixado para "terminar" longe de tudo e de todos que conhecemos e nos afeiçoamos? E para quem deixa seus parentes já cansados e às vezes doentes, lá? Como será que é?

Que oportunidade de enxergar o que realmente importa. Ao pensar que ao ouvi-los o mais atentamente possível eu estaria lhes dando algo extraordinário, fui surpreendido com a sensação de receber alguma coisa imensa, intensa e esclarecedora. Proporcional a todos aqueles anos de vida somados.

Obrigado Dona Norma, Sr. Nelson, Dona Alice, Dona Ondina, Dona Maria e todos os outros senhores e senhoras queridos que me deram uma das mais valiosas lições que um ser humano pode aprender.

Medo de rato.

Quem não procura...acha!

Concorda
Respira
Entende
Relaxa.

Espera
Esquecido
Embora.
Que acha!

Olhar
Reprimido
Em vão
Se debate

Vai menos
Vem mais
Muda o som

Disparate.

domingo, 9 de junho de 2013

Livres!

Sempre vale à pena contemplar e se encantar.

Como livre são as crianças!

Jogam capoeira sem a esperança do equilíbrio. Apenas giram e suam.

Soam (...)

Apresentam-se num palco sem ilusões.

Acreditam e sonham.

Sobem (...)

Como livre são as crianças que,

capazes de sorrir em paz,

Professam a grande sabedoria.


sábado, 8 de junho de 2013

Guru (?)

Tempos de guru...(propaganda da Vivo - junho/2013)


Eu tenho algumas....

Quando podemos começar?


sexta-feira, 7 de junho de 2013

Nada é por acaso, tudo é por aceso.

Se nada é por acaso, de onde vem o "tudo"?

Se nada é por acaso, onde está o "tudo"?

Tudo é energia movida.

Se pra bem ou mal, é. Apenas.

Energia movida, brilha olho, move corpo, gera quero.

E...

Fogo!

Nada é por acaso, nem o fogo que ilumina mas que, intenso, queima e rompe.

Nada é por acaso.

Tudo é por aceso, iluminado de luz sem fogo. Calmo.

Com folga.


Bodisatva no metrô.



Simples.

Dinamarca

Há vida na Dinamarca.
Há dias na vida.
Em que há a marca

do que ficou e do que ainda não sabemos que está.

Há frio na Dinamarca.
E no mar de dínamo

                                Flutuamos,

i    n    s    o    n    e    s, às vezes.

Há sol na Dinamarca.
Há sol na Dinamarca?

Disto, nada marcado caminha: liberdade.


Obra prima




"...de modo que o meu espírito ganhe um brilho definido...

 e que eu espalhe benefícios...

tempo, tempo, tempo, tempo."

"Mission", by Rush. (to M.)



Grande música. Grande banda.


Entre uma respiração e outra

Entre uma respiração e outra, fica o espaço do nada.
E por isso, o preenchimento do tudo, do todo.
Sabedoria primordial que se manifesta na forma de calma, foco e liberdade.

Quem é nada, pode ser tudo.
Quem tem nada, tem tudo!

E tudo está dentro do todo.
Dentro de cada um, desde sempre. Nonada*

À prática entregamos a esperança dos dias. Como um sonho, lúcido. Lúdico.

Ou sim:

Eis o caminho!

Sonho.

*uma das muitas palavras criadas por Guimarães Rosa. Essa inicia o grande romance "Grande Sertão Veredas".

O dia do varal. Do varal esticado pelos bambus.

Filho: "Que legal, bambus segurando o varal! Me lembra a infância!"

Mãe: "Pois é...a mim também...nunca pensei que fosse passar por isso de novo..."

Filho: "Poxa, na verdade quis dizer que me lembra uma época divertida da minha vida. Brincadeiras num quintal grande, alegria."

Mãe: "Pra mim também. Mas outras coisas surgem, não tão legais."

Filho: " Entendo."

Mãe: "E a minha tia, que disse outro dia: 'já faz mais de um mês que o vendedor de bambus não passa por aqui.'"

E então rimos. 

(...)

terça-feira, 4 de junho de 2013

Virya

Motivação

Poderosa mente que fica
Sob uma alinhada motivação.

É liberdade conseguida na simplicidade
daquilo que sempre

Foi...já.

Se clara, ilumina os pensamentos
Traduzindo-os: momentos repletos de fugacidade contida.
Se clara-menos,
Calma-mais.

E assim acontece.

Como a simplicidade de um bambu que busca o calor no ar,

no varal.

De varal.