A meditação de cada dia
E então, já meditou hoje? Se a resposta for sim é um ótimo
sinal. Se for não é um sinal melhor ainda, pois pode ser tempo de iniciar essa
prática incrível de auto conhecimento e remoção de obstáculos do dia a dia.
Eventualmente podemos ter muitas abordagens a respeito do
tema e acabamos criando um mito sobre um ato tão simples e belo.
A meditação não é uma prática religiosa. Ela participa
ativamente, no máximo, de uma boa prática espiritual mas sem ser a prática em
si. Meditar é desenvolver a capacidade de olhar para dentro de si mesmo sem
obscuridades, sem medos e sem censura. É, sobretudo, a nossa ligação com o que
temos de mais natural e precioso: a natureza calma e acolhedora desprendida das
condições externas e dos condicionamentos seculares.
Por isso mesmo é uma prática extremamente simples e que causa
um efeito imediato. Seja por 5 minutos ou 2 horas, a serenidade que se pode experimentar é
transformadora. E o melhor é que está em cada um de nós, o tempo todo e para
sempre!
Sobre uma almofada, sentados de pernas
cruzadas, na posição birmanesa, em posição de lótus completo ou de meio lótus,
ajoelhados com o auxílio de um banquinho ou ainda numa cadeira, posicionamos a coluna ereta, o queixo
levemente retraído e as orelhas paralelas aos ombros. Os olhos mantém-se semi
abertos num ângulo de 45 graus aproximadamente. As mãos podem ficar sobre os
joelhos ou em posição de mudra cósmico*.
Os músculos da face ficam relaxados e a língua toca levemente o espaço
entre céu da boca e os dentes da frente.
A respiração, nosso foco principal, é toda
feita no abdômen e pelas narinas .
Ah, existe uma regra obrigatória para a
prática da meditação: não sofrer. Se a posição escolhida estiver causando dor
ou muita dormência nas pernas, basta mudar e ir adaptando-se aos poucos.
O atividade inicial é parar um instante,
posicionar-se e observar a respiração no seu ritmo natural e principalmente
desprender-se do controle. A mente continuará fazendo o que sempre faz,
mandando uma infinidade de idéias, lembranças, sensações e todo tipo de
imagens; nosso único trabalho será deixar que esse mundo interno passe e se
perca no infinito. Se algum pensamento nos pega e nos leva, não sofremos...
apenas, de forma gentil, retomamos o foco na respiração e seguimos.
É importante entender que meditar não
significa dormir, nem atingir um estado de letargia qualquer (embora isso possa
acontecer). O objetivo principal da meditação é conduzir nossas mentes para um
local sereno e atento, onde uma presença real mas desapegada do controle
observa o mundo e a nós mesmos natural e compassivamente.
Boa prática!
Link para as posições do corpo e
das mãos: http://dharmabuda.blogspot.com.br/2008/11/posturas-de-meditao.html
Este texto foi uma colaboração para o site do "Instituto Aline Pastori."
http://www.institutoalinepastori.com.br
Este texto foi uma colaboração para o site do "Instituto Aline Pastori."
http://www.institutoalinepastori.com.br
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