segunda-feira, 5 de agosto de 2013

A meditação de cada dia


A meditação de cada dia

E então, já meditou hoje? Se a resposta for sim é um ótimo sinal. Se for não é um sinal melhor ainda, pois pode ser tempo de iniciar essa prática incrível de auto conhecimento e remoção de obstáculos do dia a dia.
Eventualmente podemos ter muitas abordagens a respeito do tema e acabamos criando um mito sobre um ato tão simples e belo.
A meditação não é uma prática religiosa. Ela participa ativamente, no máximo, de uma boa prática espiritual mas sem ser a prática em si. Meditar é desenvolver a capacidade de olhar para dentro de si mesmo sem obscuridades, sem medos e sem censura. É, sobretudo, a nossa ligação com o que temos de mais natural e precioso: a natureza calma e acolhedora desprendida das condições externas e dos condicionamentos seculares.
Por isso mesmo é uma prática extremamente simples e que causa um efeito imediato. Seja por 5 minutos ou 2 horas,  a serenidade que se pode experimentar é transformadora. E o melhor é que está em cada um de nós, o tempo todo e para sempre!
Sobre uma almofada, sentados de pernas cruzadas, na posição birmanesa, em posição de lótus completo ou de meio lótus, ajoelhados com o auxílio de um banquinho ou ainda numa cadeira,  posicionamos a coluna ereta, o queixo levemente retraído e as orelhas paralelas aos ombros. Os olhos mantém-se semi abertos num ângulo de 45 graus aproximadamente. As mãos podem ficar sobre os joelhos ou em posição de mudra cósmico*.  Os músculos da face ficam relaxados e a língua toca levemente o espaço entre céu da boca e os dentes da frente.
A respiração, nosso foco principal, é toda feita no abdômen e pelas narinas .
Ah, existe uma regra obrigatória para a prática da meditação: não sofrer. Se a posição escolhida estiver causando dor ou muita dormência nas pernas, basta mudar e ir adaptando-se aos poucos.
O atividade inicial é parar um instante, posicionar-se e observar a respiração no seu ritmo natural e principalmente desprender-se do controle. A mente continuará fazendo o que sempre faz, mandando uma infinidade de idéias, lembranças, sensações e todo tipo de imagens; nosso único trabalho será deixar que esse mundo interno passe e se perca no infinito. Se algum pensamento nos pega e nos leva, não sofremos... apenas, de forma gentil, retomamos o foco na respiração e seguimos.
É importante entender que meditar não significa dormir, nem atingir um estado de letargia qualquer (embora isso possa acontecer). O objetivo principal da meditação é conduzir nossas mentes para um local sereno e atento, onde uma presença real mas desapegada do controle observa o mundo e a nós mesmos natural e compassivamente.
Boa prática!
Link para as posições do corpo e das mãos: http://dharmabuda.blogspot.com.br/2008/11/posturas-de-meditao.html

Este texto foi uma colaboração para o site do "Instituto Aline Pastori."
http://www.institutoalinepastori.com.br

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