segunda-feira, 2 de setembro de 2013

Nossas verdades, novos pensamentos.


Por sermos bombardeados pela assustadora velocidade de todas as coisas, pouco percebemos quem vamos nos tornando. A cada dia deixamos de observar o que de fato importa e que norte poderíamos tomar nas curvas e descidas deste fascinante viver. Essa pode parecer uma constatação desastrosa. Mas não é.
Temos uma vida preciosa, e ao observarmos todos os outros seres que nos cercam (com esforço, alguns até que não podemos ver...), perceberemos como temos bênçãos incontáveis para fazer da nossa rápida passagem por este planeta um estandarte de méritos e bem-estar coletivos. Por mais difícil que possa parecer às vezes, não devemos nos deixar enganar: cada dia é um dia de praticarmos o que temos de melhor, em todas as direções, sem esperar nada em troca, confiantes e exultantes.
Uma notícia (daquelas que não veiculam os jornais) pode parecer, porém, um pouco desanimadora: todas os aspectos das nossas preciosas vidas estão em transição - por pouco ou muito tempo, estão à nossa vista e ao nosso alcance e depois não estão mais...por mais força que façamos para tentar manter o que é bom e afastar o que não é tão bom assim, tudo vem e vai. E isso inclui a nós mesmos. Por isso vale à pena consultarmos nosso facebook íntimo e contemplarmos nossas postagens de alguns anos, meses, semanas e dias atrás. Quantas coisas diferentes.
Ainda que pensemos tratar-se de algo ruim, devemos repousar na sensação de que continuamos e seguimos ora trôpegos, ora faceiros. E na visão de que apesar das circunstâncias transitórias, há um ciclo incrivelmente permanente dentro da própria impermanência: se aquilo que é bom acaba, aquilo que não é acaba também.
A pergunta que pode nos tocar em algum momento é: por que somos assim? por que sonhamos determinados sonhos tão assustadoramente reais? por que pensamos de um jeito e agimos de outro? ou ainda, até quando seremos pegos de surpresa e arrastados pelas nossas emoções e pelas emoções dos outros?
Que verdade mágica, inexorável e avassaladora! E que oportunidade única de se reinventar a todo instante... quanta calma é preciso ter diante do(s) carma(s)!
As marcas trazidas em nossa mente e corpos sutis podem nos dar uma explicação de como estamos e do que somos feitos em determinado momento. E isso é tudo: se olharmos e não gostarmos do que estamos vendo, temos uma oportunidade de melhorar; se olharmos e gostarmos, ainda sim temos a mesma oportunidade. Só que aí de forma mais ampla, atingindo um número infinito de seres.
O sofrimento brilha para nós na mesma medida que o encanto, deixando-nos  presos à sensação de nadar no mesmo lugar, inertes. Coisas boas e ruins acontecem e podemos ter a sensação de apenas lutar para manter as circunstâncias que afastam a dor e aumentam o prazer. Que chance poderosa para podermos crescer e dar sentido à vida!

Escolhamos nosso refúgio, portanto. Sólido e indômito. Caloroso e real. Infinito e poderoso. A dor desaparecerá. O mar de pensamentos e sonhos se tornará calmo e doce. E os prazeres serão reais e absolutamente bem vividos. Passo a passo, respiração a respiração, via a via do caminho. Agora.

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